Memória Do Cangaço 1964

Memória Do Cangaço 1964

Título: Memória Do Cangaço
Título Em Inglês: Memory Of The Cangaço
Diretor: Paulo Gil Soares
Gênero: Documentário Sociológico
País: Brasil
Ano: 1964

Identidades/Elenco:

Paulo Gil Soares .......... Narrador
Dr. Gregório Estácio De Lima .......... Legista
José Gomes .......... Cabeleira
Ântonio Silvino .......... Cangaceiro
Virgulino Ferreira Da Silva .......... Lampião
Maria Gomes De Oliveira .......... Maria Bonita
Sr. Gregório .......... Vaqueiro
José Osório De Farias .......... Coronel Zé Rufino
Benjamin Abrahão Calil Botto .......... Fotógrafo Sírio-Libanês
Leonício Pereira .......... Cabo
Ângelo Roque Da Costa .......... Labareda
Benício Alves Dos Santos .......... Saracura
Sérgia Ribeiro Da Silva .......... Dadá
Otilia De Jesus .......... Cangaceira
Cristino Gomes Da Silva Cleto .......... Corisco
Quinta-feira .......... Cangaceiro
Aristéia Soares De Lima .......... Mulher do Catingueira
Cícero Garrincha .......... Catingueira
Benevides .......... Cabo
Antônio Isidoro .......... Cabo
Odilon Nogueira De Souza .......... Sargento Odilon Flor de Nazaré
Antonio Honorato Da Silva .......... Soldado
Sebastião Vieira Sandes .......... Soldado
João Bezerra Da Silva .......... Tenente
Aniceto Rodrigo Dos Santos .......... Sargento
Adrião Pedro De Souza .......... Soldado
Ferreira Mello .......... Aspirante
José Ribeiro Filho .......... Zé Sereno
Mariano Laurindo Granja .......... Mariano
Adolfo Velho Rosas Da Meia Noite .......... Meia-Noite
Naguina .......... Cangaceiro
Sabonete .......... Cangaceiro
Luiz José Da Silva .......... Azulão
Canjica .......... Cangaceiro
Izaias Vieira Dos Santos .......... Zabelê
Maria Dórea .......... Cangaceira
Pai Véio .......... Cangaceiro
Zé Pretinho .......... Cangaceiro
Pavão .......... Cangaceiro
Caruá .......... Cangaceiro
Barra Nova .......... Cangaceiro

Sinopse:

Mostra as origens do cangaço, movimento armado de bandoleiros no Nordeste entre 1935 e 1939, com entrevistas de alguns sobreviventes da luta, policiais e cangaceiros. Entre os entrevistados, o prof. Estácio de Lima, Catedrático de Medicina Legal da Universidade da Bahia e Diretor do Museu de Antropologia (onde se encontram as cabeças dos mais famosos cangaceiros), que apresenta a sua teoria da origem dos cangaceiros ligada à predisposição criminal, distúrbios endócrinos e fatores morfológicos tipicamente caracterizados naqueles indivíduos. Partindo destas afirmações, a entrevista com o vaqueiro Sr. Gregório expõe a vida do sertanejo como sendo a mesma dos seus antepassados, ou seja, marcada pelo abandonado, exploração e rebeldia. É apresentado o Coronel José Rufino da Polícia Militar Baiana, responsável pela perseguição e morte de mais de 20 cangaceiros, cuja história é mostrada entremeada pelas sequências autênticas de filmes realizados em 1936 por Benjamin Abrahão, um mascate árabe que conseguiu filmar o famoso bando de Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião". Contando seus combates mais perigosos o Coronel José Rufino apresenta também ex cangaceiros e ex-perseguidores que contam suas histórias, entre os quais Leonício Pereira que cortava as cabeças dos cangaceiros "para que fossem tiradas fotografias". (Baseado no press-release).

OBS:

Os senhores Ângelo Roque, e Benício Alves dos Santos, foram, respectivamente, os antigos cangaceiros Labareda e Saracura.

"A sua pergunta não pode ser respondida, assim com muita simplicidade. Primeiro que não existe uma origem do Cangaço. Nenhum comportamento humano depende de uma causa única. Existe sempre uma série de fatores que determinam o homem, neste, ou naquele procedimento social. O cangaceirismo resultou de influências nítidas do meio  geográfico, do meio telúrico, do clima,  de  todas aquelas desordens, de uma natureza ainda não dominada pela ciência, pela técnica. E ao mesmo tempo de uma sociedade primitiva, de uma justiça que não foi suficientemente inteligente para enfrentar as questões do meio. Porém, tudo isso: um  ambiente físico, e um ambiente social; não resultariam no cangaceiro se não houvesse aquele homem particularmente destinado a viver e enfrentar todas as agonias do cangaço. Porque o cangaço não era uma forma de criminalidade comum. Evidentemente, fatores endoclínicos... Existem glândulas  que funcionam especialmente para conduzir o indivíduo a reações típicas, e estas glândulas que no cangaceiro, tiveram sem dúvida, uma influência decisiva, nós podemos dizer que foram essencialmente: a tireoide, as glândulas suprarrenais, os testículos, e a hipófise. Mas essas glândulas, por se somente não explicariam o  fenômeno. Existem outros fatores. E um deles, sem dúvida, é o tipo morfológico. É aquilo que Ernst Kretschmer chamou de *guerdenpau..., de  constituição. O sertanejo tinha que ser, evidentemente, um homem magro. Os gordos nunca poderiam ser cangaceiros. Nenhum, jamais, um só cangaceiro gordo. Os gordos são homens que amam a vida. Que vivem uma extroversão contínua. Que esquecem com   facilidade as mágoas. Ao passo que os magros guardam muito mais as ofensas ressentidas. No sertão, quando se ofende a um  indivíduo magresco, esguio, de linhas angulosas, é sempre bastante perigoso..."

- Doutor Gregório Estácio De Lima

OBS:

* Não consegui entender a palavra de origem alemã citada nesse depoimento do Doutor Estácio De Lima no documentário.

Legenda: Memória Do Cangaço (Memory Of The Cangaço 1964) pt-BR.srt

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